As Ações da Petrobras despencam após críticas de analistas

dia 07/10/2010

Calados durante a oferta de ações, os analistas voltaram a divulgar relatórios sobre a Petrobras. E as primeiras avaliações públicas fazem estrago nas cotações.

Ontem, as ações preferenciais (sem voto) da Petrobras recuaram 4,15% e terminaram a R$ 25,86 -quem comprou o papel na oferta a R$ 26,30 já perdeu 1,67%.

Já as ações ordinárias (com voto) caíram 3,98% e desceram a R$ 29,18 -baixa de 1,58% em relação à oferta.

Ontem, o Barclays Capital rebaixou sua recomendação para os ADRs (recibo de ações negociadas nos EUA) preferenciais, cujo preço-alvo foi de US$ 39 para US$ 34.

Segundo o banco, o rebaixamento se deve à "diluição" do ganho dos acionistas, à expectativa de retorno baixo por conta dos investimentos, aos custos ambientais crescentes e à necessidade de nova capitalização até 2014.

Na véspera, o Itaú BBA também havia rebaixado a estatal. O banco afirma que os US$ 8,51 atribuídos ao petróleo no pré-sal ficaram US$ 2 acima do preço justo.

Durante a capitalização, os analistas se mantiveram calados por conta do período de silêncio, que impede manifestações das empresas participantes da operação. O Itaú BBA foi um dos coordenadores, e o Barclays foi contratado pelos minoritários para avaliar a transação.

As ações também recuaram porque a estatal não vai atingir a meta de produção em 2010, diz Antonio de Figueiredo, gerente da estatal.

Ele afirma que a estimativa, 2% a 3% menor que a anterior, está dentro da "margem de erro" normal.