segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Pesquisadores debatem abate humanitário em workshop

Pesquisadores debatem abate humanitário em workshop
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O 1º Workshop sobre Abate Humanitário, que será realizado nos dias 13 e 14 de agosto, em Concórdia (SC), vai reunir as principais autoridades mundiais do assunto. A atenção em torno do tema foi tanta que as inscrições encerraram antecipadamente porque a capacidade do local em que o workshop será realizado ficou esgotada. O evento é promovido pela Embrapa Suínos e Aves, Unidade da Empresa Brasileira de pesquisa agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA/Brasil).

De acordo com o pesquisador Osmar Dalla Costa, da Embrapa Suínos e Aves, o workshop pretende debater amplamente o bem-estar animal. "Os procedimentos de abate são um dos pontos importantes dentro dessa questão. Quem participar do evento perceberá que o bem-estar animal é também uma medida correta do ponto de vista econômico", garantiu pesquisador. Dalla Costa conhece o caso de um frigorífico que, com uma simples mudança no procedimento de abate, deixou de desperdiçar diariamente 50 kg de carne.

Para o pesquisador Neville Gregory, do Royal Veterinary College da Inglaterra, os procedimentos de abate possuem duas dimensões. Uma dimensão é ética e diz respeito ao tratamento dispensado aos animais. A outra é técnica e se refere à rotina de trabalho dentro dos frigorífico e às perdas qualitativas e quantitativas geradas por processos ineficientes de abate. Muitos estudos mostram que o abate feito de maneira incorreta afeta a qualidade do produto que resultará da carne fornecida pelo animal. Essa regra vale para suínos, bovinos, aves, ovinos e outros animais que são explorados comercialmente.

Além de Gregory, participarão do evento Adroaldo Zanella, da Universidade de Oslo, Noruega; Stella Maris Huertas, da Faculdade de Veterinária de Montevidéu, Uruguai; e Luigi Faucitano, da Agriculture and Agri-Food of Lenoxville, Canadá. De acordo com Charlí Ludtke, da WSPA, a presença de vários pesquisadores renomados tem a intenção de fomentar a criação de um programa de treinamento no Brasil sobre abate humanitário.

Esse programa será oferecido pela Sociedade Mundial de Proteção Animal e contará com o apoio da Embrapa. A idéia é formar especialistas e aumentar a capacidade dos técnicos que atuam dentro dos frigoríficos na montagem e execução de programas de abate humanitário.


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