Alimente bem o seu cachorro
1 – Escolher a gama da ração
As rações de melhor qualidade têm geralmente uma maior digestibilidade, ou seja, há um maior aproveitamento por parte do cão. Nas rações de qualidade inferior, o cão tem de comer mais para poder obter os mesmos benefícios. As rações de gama alta são geralmente mais caras, mas acabam por durar durante mais tempo, isto porque o cão necessita de doses diárias mais pequenas. 2 – Determinar o número de refeições diárias
Um cachorro necessita de ser alimentado três vezes ao dia. Isto porque o cão passa de uma situação em que tinha acesso ao leite materno a qualquer altura, para uma situação de comida controlada por refeição.
A partir dos 4 meses, pode-se reduzir para duas refeições diárias e já em adultos, podem comer apenas uma vez por dia. É preciso contudo algum cuidado nas raças de porte médio/grande nas quais a torção de estômago é comum. Os cães destas raças devem comer duas vezes por dia, se possível, para que o peso da comida do estômago seja menor e diminuir assim o perigo de haver uma torção do estômago. 3 – Evitar os restos de comida
Os restos de comida não devem ser dados ao cão. A ração tem tudo o que o cão necessita. Se preferir, pode cozinhar para o cão, mas isto não é o mesmo que alimentá-lo à base de restos. A comida do cão deve ser cozida sem sal ou temperos. Informe-se primeiro sobre este tipo de dieta, sabendo quais as carnes e ossos mais adequados para o cão e quais as percentagens indicadas.4 – Escolher recipientes adequados
Os recipientes para água e comida devem ser, de preferência, em inox. Os de cerâmica também são boa opções, já os plásticos devem ser evitados, porque a limpeza é difícil se o cão arranhar a tigela, o que é comum.
Os comedouros devem ser colocados de forma a que o cão não tenha de se baixar para comer, isto é, a linha que o cão faz desde a nuca até à cauda deve ser o mais horizontal possível. Para as raças de porte médio/grande é indispensável comedouros reguláveis, que permitam subir a altura dos pratos conforme o crescimento do cão. Para as raças pequenas que comem ao nível do chão, deve-se ter o cuidado de ter recipientes que não derrapem. Isto pode ser conseguido com um rebordo de borracha à volta do inox.5 – Determinar a quantidade adequada
Determinar a quantidade de ração a dar ao seu cão pode não ser tarefa fácil. Em jogo estão vários factores tão diversificados como a idade, o peso, a quantidade de exercício, etc. As embalagens das rações são acompanhadas por uma tabela com a quantidade diária recomendada. Mas os gramas apresentados são apenas indicativos.
O criador ou os responsáveis pelo canil podem-lhe dizer qual a quantidade de comida que o cão está habituado a comer. Contudo, conforme o cão cresce, as suas necessidades alimentares alteram-se. Para saber quando aumentar a dose de ração e os gramas indicados para o peso do animal pode consultar as tabelas que se encontram nas embalagens da própria ração. Mas regra geral, as tabelas não respondem à realidade, pois são sempre médias aproximadas, mas apesar disso são um bom ponto de partida.
Discuta a quantidade de ração a dar ao cão com o veterinário e avalie a evolução do animal. Se o cão ganhar ou perder peso, faça os ajustes necessários.6 – Escolher a ração de acordo idade
Os cachorros em crescimento necessitam da melhor alimentação que lhes puder dar. Isto quer dizer que até o cão fazer pelo menos um ano, o dono deve fazer um esforço financeiro para comprar uma ração de gama alta. Existem várias opções no mercado especialmente pensadas para cachorros. Uma alimentação equilibrada com tudo o que os cães necessitam vai permitir um crescimento saudável. Este aspecto é particularmente importante nos cães de médio e grande porte que têm no primeiro ano um crescimento muito acelerado e necessitam de formar ossos grandes e fortes em pouco tempo.
Na terceira idade, os cães estão menos activos e o metabolismo é mais lento. Por isso pode ser necessário optar por uma ração indicada para cães idosos ou então diminuir a quantidade actual.7 – Escolher a ração de acordo com o porte do animal
Sem surpresa, a quantidade de comida varia conforme o porte do animal: cães pequenos comem menos do que animais grandes. Esta noção é importante quando se calculam as despesas mensais com um cão. Se a disponibilidade financeira não é muita, o ideal é adquirir um cão pequeno. É preferível alimentar um cão pequeno com uma ração de gama alta do que adquirir um cão de grande porte e ter depois de cortar na ração do animal, sabendo já quão importante é uma boa ração no período de crescimento do cão.
Mas a quantidade não é a única diferença. Deve escolher a ração de acordo com o porte do cão. No caso dos cachorros, a ração deve dizer respeito ao porte que vão ter em adultos. Já existem várias marcas no mercado com opções diferentes para cães de porte pequeno, médio e grande.8 – Escolher a ração de acordo com o grau de actividade
O exercício que um cão faz altera as quantidade e o tipo de alimentação que deve ter. Cães que são mais exercitados ou praticam desportos caninos precisam de mais energia, enquanto que nos animais mais caseiros deve-se ter cuidado com o peso a mais.
Um cão que pratica desporto pode até precisar de rações de alto rendimento.9 – A influência da temperatura
A quantidade de comida dada ao cão pode ter de variar ao longo do ano. Nos meses mais frios, os cães podem necessitar de comer mais para conseguirem manter a temperatura corporal. Os cães mantidos no exterior precisam quase sempre de ver a dose de ração aumentada. Nos cães de interior, paralelamente à diminuição de temperatura, há também uma diminuição da actividade física. Ou seja, a energia que não está a ser gasta em exercício passa a ser gasta na manutenção da temperatura corporal. Para além disso, os cães de interior geralmente estão resguardados das temperaturas mais baixas, através do aquecimento da casa, por exemplo, o que faz com nestes casos possa ter de tomar a atitude inversa e reduzir na ração.
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