terça-feira, 23 de junho de 2009

CRIAÇÃO DE SUINOS





SUINOS

A suinocultura desempenha papel estratégico na alimentação humana. Não é por acaso que a carne de porco é a mais consumida no mundo. Segundo ROPPA (1999) ela representa 44% do consumo global, contra 29% da bovina e 23% da carne de aves. No Brasil, o quadro muda, bovinos garantem 52% do mercado, aves atendem 34% da demanda e suínos 15%. A China, maior produtora mundial (36,9 milhões de toneladas/ano) é também campeã folgada em consumo. Os EUA detêm a segunda maior produção (8,2 milhões de toneladas/ano) e o Brasil ocupa o oitavo posto no ranking, com 1,6 milhão de toneladas/ano.

A demanda por carne suína orgânica na maioria dos países da União Européia é superior a oferta, entretanto a produção orgânica de porcos enfrenta dois tipos de problemas: falta de matéria prima e dificuldades para cumprir todas as normas exigidas pela produção orgânica. Na Holanda, o governo fixou um objetivo ambicioso de multiplicar por 20 a produção orgânica de suínos dentro de 5 anos. O fator limitante para atender a este objetivo não é a falta de alimentação de origem orgânica, mas a pouca superfície necessária para distribuir os dejetos animais.

A falta de tratamento adequada à grande quantidade de dejetos produzidos, é justamente um dos graves problemas que a intensificação da produção de suínos trouxe para o meio ambiente e à própria sociedade. Segundo a Empresa de Pesquisa e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI) a poluição do meio ambiente na região produtora de suínos é alta, pois enquanto para o esgoto doméstico, o DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) é de cerca de 200 mg/litro, o DBO dos dejetos suínos oscila entre 30.000 e 52.000 mg/litro, ou seja, em torno de 260 vezes superior.

No ritmo em que a questão ambiental ganha força neste novo século e o consumidor passa a ser exigente e disposto a pagar mais por um produto ecologicamente correto, algumas formas de criação de animais como o confinamento em sistemas convencionais intensivos deverão ser substituídas por alternativas que privilegiem o bem-estar animal como a criação ao ar livre em sistemas orgânicos.


Sendo a suinocultura uma atividade prioritariamente realizada em pequenas e médias propriedades familiares, este artigo procura mostrar que em sistemas orgânicos a criação ao ar livre pode ser uma alternativa economicamente mais rentável, tecnicamente mais adequada e ambientalmente correta quando comparada ao sistema de confinamento convencional

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