quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sistema da Embrapa na internet

Sistema da Embrapa na internet permitirá melhor produção regional


A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), vai investir R$ 1,4 milhão em um serviço que será desenvolvido para a internet, para transferir de forma rápida e eficiente resultados de pesquisa para a sociedade, em especial aos produtores rurais. Os recursos aplicados no projeto - chamado WebAgritec - são do Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa (PAC Embrapa), que busca fortalecer a pesquisa brasileira, estimulando a inovação científica, tecnológica e institucional.




"O WebAgritec é um grande modelo de transferência de tecnologia, que busca levar aos produtores serviços gerados pela
Embrapa, com aplicação regionalizada", diz Silvio Evangelista, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Informática Agropecuária(Campinas/SP). O sistema já está em desenvolvimento e deve ser colocado à disposição de cooperativas, técnicos agrícolas, extensionistas e produtores rurais até o final de 2009.

O projeto vai agregar em um único portal na internet vários produtos de pesquisa da empresa. Entre os serviços disponíveis, por exemplo, estarão os diagnósticos e alertas de pragas e doenças, dados sobre clima, condições de solo e estimativas de produção, em nível micro, ou seja, específicos para a região consultada, em todo o Brasil.

As informações receberão um tratamento adequado para atender às necessidades específicas de cada região e serão apresentadas em formato de gráficos, mapas, tabelas etc., de modo dinâmico e interativo, usando novos recursos tecnológicos da
web 2.0.

A
Embrapa Informática Agropecuária construiu um protótipo que funciona por módulos, usando a tecnologia OpenLaszlo, aplicação de semântica para busca de dados e conceitos de interatividade característicos das novas tecnologias web 2, conta a pesquisadora Silvia Massruhá, líder do projeto. Os oito módulos inicialmente previstos são: previsão do tempo, zoneamento agrícola, monitoramento de plantio, módulo produtor do Diagnose Virtual, indicação de cultivares, adubação, videoteca e notícias.

Para Evangelista, essas tecnologias só estão acessíveis a um público restrito. Por isso, o sistema também será oferecido em uma versão mais simples para usuários que tenham recursos computacionais tradicionais, e em outra voltada para aqueles que usam computação móvel, como celulares e palmtops. O projeto prevê, ainda, a atualização e a inclusão constante de novos produtos, além do desenvolvimento de novas formas de acesso e divulgação.

Com esse objetivo, serão firmadas parcerias para consultorias internas e externas com os centros de pesquisa da
Embrapa focados em produtos e outras instituições de pesquisa.

O WebAgritec, inicialmente, terá a participação da
Embrapa Transferência de Tecnologia (Brasília/DF), Embrapa Milho e Sorgo(Sete Lagoas/MG), Embrapa Soja (Londrina/PR), Embrapa Trigo(Passo Fundo/RS) e Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP). Os escritórios de negócios da Embrapa Transferência de Tecnologiadistribuídos pelo País serão os potenciais difusores do sistema.

O uso eficiente das informações disponíveis vai permitir a redução dos custos de produção agrícola, o aumento de produtividade e a melhor gestão da propriedade agrícola, de acordo com o gerente-geral da
Embrapa Transferência de Tecnologia José Roberto Rodrigues Peres. Ele destaca que a integração das ferramentas vai permitir oferecer aos produtores serviços diferenciais, como o monitoramento da produção, que terão grande reflexo na competitividade do agronegócio brasileiro.

SERVIÇOS

A
Embrapa disponibiliza diversos sistemas na internet com informações e dados relacionados com a atividade agropecuária, florestal ou agroindustrial. Veja a abaixo a lista desses serviços.

Monitoramento Orbital de Queimadas
Através da Internet, mapas semanais e mensais de Estados, regiões e de todo o país com o número de ocorrência de queimadas durante os meses secos do inverno, que vão de junho a novembro.

Diagnose Virtual
Site dirigido para a área de sanidade animal e vegetal que possibilita o diagnóstico remoto de doenças.

Agritempo
Sistema de Monitoramento Agrometeorológico, permite aos usuários o acesso, via Internet, às informações meteorológicas e agrometeorológicas de diversos municípios e estados brasileiros.

Bases de Dados da Pesquisa Agropecuária
Trata-se da Base de dados que reúne os documentos que compõem o acervo das Bibliotecas da
Embrapa

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terça-feira, 20 de abril de 2010

TECNOLOGIA

TECNOLOGIA

Descoberto mais um benefício do cultivo de adubos verdes
Leia na íntegra em
www.agrosoft.org.br/agropag/212693.htm
Já se sabe que o cultivo de espécies vegetais da família das leguminosas pode trazer inúmeros benefícios aos agroecossistemas, tais como: aporte de nitrogênio (N) ao solo, devido à simbiose com bactérias fixadoras de N atmosférico; descompactação do solo, resultante da ação de raízes pivotantes; ciclagem de nutrientes, depositando nas camadas superficiais nutrientes absorvidos de camadas mais profundas; adição de matéria orgânica ao solo; incremento da atividade biológica dos solos; e proteção do solo contra processos erosivos.

As sementes também "dormem"
Leia na íntegra em
www.agrosoft.org.br/agropag/212694.htm
Algumas sementes de certas plantas de valor econômico e de muitas plantas silvestres, tidas como viáveis, nem sempre germinam quando colocadas em condições ambientais favoráveis. Elas apresentam um período de repouso persistente e são denominadas dormentes. Quando as sementes apresentam condições intrínsecas normais e permanecem em repouso devido à ausência de condições ambientais favoráveis diz-se que estão em quiescência.

Biofortificação: agricultura e saúde no combate à deficiência nutricional
Leia na íntegra em
www.agrosoft.org.br/agropag/212697.htm
Uma novidade que busca diminuir a chamada fome oculta, a carência de vitaminas e minerais, está chegando ao campo no Brasil. São os primeiros frutos da grande aliança da biofortificação de alimentos. Depois de seis anos de pesquisas, os primeiros produtos do melhoramento genético tradicional estão surgindo e começam a ser distribuídos aos pequenos agricultores. Estamos falando dos lançamentos de variedades de feijão e feijão caupi com maiores teores de ferro e zinco, e da batata-doce de polpa alaranjada e da mandioca amarela com maiores conteúdos de betacaroteno. Nutrientes essenciais para combater a anemia e a baixa resistência do organismo e para promover a saúde dos olhos. Outros alimentos biofortificados virão como o arroz, o milho, o trigo e a abóbora.


Leia também estes destaques em TECNOLOGIA publicados recentemente:

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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sincronização do cio

Sincronização do cio

A manipulação farmacológica do ciclo estral oferece a possibilidade de inseminar os animais na medida em que apresentam cio após um tratamento de sincronização (esse período pode variar de 2 a 6 dias). Igualmente, pode-se programar a IA em data previamente estabelecida (IATF), após um processo de sincronização da ovulação, independentemente da manifestação do cio.

Existe uma ampla gama de produtos disponíveis no mercado para essa finalidade. Os mais comuns são as prostaglandinas (F2α e seus análogos) e diversos progestágenos. Dependendo da condição fisiológica dos animais (ciclando, em anestro lactacional, etc.), esses produtos podem ser aplicados isoladamente ou associados a outros hormônios (estrógenos, GnRH, LH, eCG) . A escolha do protocolo deve considerar sua eficiência fisiológica e a relação custo/ benefício. Atualmente existem vários protocolos de sincronização do cio e IATF para ser utilizados inclusive em vacas com problemas ovarianos, tais como cistos e aciclicidade.

O protocolo de aplicação de duas injeções de PGF2α com intervalo de 11-14 dias leva à manifestação do cio da maioria das fêmeas cíclicas. A taxa de concepção é relativamente elevada quando a IA é realizada nas fêmeas que apresentam cio. Entretanto, essa taxa é baixa quando a IA é realizada em tempo pré-fixado, devido à variação no início da manifestação do cio. A sincronização da ovulação baseada no uso de GnRH e PGF2α (Ovsynch) foi desenvolvida para coordenar o recrutamento folicular, regressão do corpo lúteo (CL) e o momento da ovulação. Esse protocolo permite realizar a IA em tempo fixo e tem mostrado ser eficiente em melhorar o manejo reprodutivo de vacas leiteiras pós-parto. Entretanto, o tratamento Ovsynch não funciona muito bem em novilhas (devido ao padrão inconsistente da onda folicular) e em vacas em anestro (falta de um CL sensível à PGF2α). Os tratamentos baseados na aplicação de progesterona são considerados os mais adequados para vacas acíclicas ou em anestro pós-parto; nesse caso, o tratamento único com PGF2α é ineficiente devido à ausência de um corpo lúteo maduro nesses animais. A aplicação de uma fonte de progesterona durante 7-9 dias com ou sem benzoato (ou valerato) de estradiol, combinado com um agente luteolítico, administrado um dia antes ou no momento da retirada da fonte de progesterona, melhora a sincronia do cio e a taxa de fertilidade. Recentemente, nos EUA foi proibido o uso de estrógenos nos protocolos de sincronização, mais por um motivo de ordem mercadológica (aceitação do consumidor) que de saúde pública. Naquele País, o protocolo em que o estrógeno é substituído pelo GnRH é chamado de "Select Synch" ou "CO-Synch". A substituição do estradiol pelo GnRH não altera a eficiência do protocolo, mas o torna mais caro. É provável, contudo, que essa medida também seja adotada no Brasil, para não criar barreiras que possam comprometer as exportações de carne.

Em todo caso, no Brasil, o uso da IATF vem tendo uma boa aceitação na pecuária de leite e (principalmente) de corte. Estima-se que, no ano de 2006 mais de 1 milhão de vacas foram inseminadas por esse método. A combinação de IATF seguida de uma estação de monta de 60 dias resulta em ganhos de mais de 30 kg dos bezerros desmamados, devido ao fato de concentraros nascimentos no início do período das parições.

Tabela 2. Sincronização do cio e IA versus monta natural
VariávelSE/IAMonta naturalDiferença
Nº de vacas251100
Taxa de parição (%)90819
% parição nos primeiros 30 dias856223
Período de parição (dias)748410
% de bezerros desmamados88799
Idade à desmama (dias)21020010
Peso à desmama (kg)26222933
Peso do bezerro desmamado por vaca exposta (kg)23018149

Fonte: Anderson L, Deaton P. Economics of estrus synchronization and artificial insemination. In:National Association of Animal Breeders Reproduction Symposium, Lexington, KY; 2003, http://www.beefimprovement.org/03proceedings/Anderson.pdf

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sábado, 10 de abril de 2010

IA vs monta natural

IA vs monta natural: analise prática e econômica

Um touro explorado, via IA, é evidentemente muito mais oneroso que o touro que cumpre, "livre e solto", com suas"obrigações" em um rebanho. Sua manutenção (cuidadosamente controlada na Central de IA), a coleta, o acondicionamento das doses de sêmen, a distribuição do sêmen e os serviços do inseminador, tornam relativamente elevados os custos. Mas o custounitário é consideravelmente diminuído devido à repartição sobre um número muito superior de inseminações. Um touro de monta natural possui um custo fixo (manutenção, depreciação) independentemente do número de fêmeas a serem servidas (dentro do limite da sua capacidade fisiológica). Conseqüentemente, o custo da monta natural diminui em função inversa do efetivo dasfêmeas do rebanho (Figura 1).

Figura 1. Custo de uma cobertura (monta natural) em função do tamanho do rebanho (Adaptado de Mallard & Mocquot, INRA Prod. Anim., 11, 33-39, 1998).

A paridade com o preço da IA é alcançada com um rebanho de aproximadamente 30 vacas. Os criadores cujo efetivo do rebanho seja inferior a esse valor têm, portanto, um interesse financeiro direto em eliminar o touro que utilizam parcialmente. Na maioria dos paises da Europa, por exemplo, desde 1970 o uso da IA era duas vezes mais freqüente para um rebanho de 10 vacasque de 40 (80% contra 35%). Desde essa data, o tamanho dos rebanhos aumentou consideravelmente, mas essas conclusões permanecem válidas. Constata-se que, desde o início, a IA se afirmou como um fator direto de melhora do lucro financeiro nas pequenas e médias propriedades.

A IA tem sido tradicionalmente mais utilizada em gado de leite, que em gado de corte, devido ao contato freqüente do tratador com as fêmeas leiteiras (freqüentemente confinadas ou semiconfinadas). Adicionalmente, a ordenha freqüente, oferece ocasião para detectar os cios e conseqüentemente decidir sobre inseminar ou não. Já em gado de corte, essa observação regulardo cio é uma sobrecarga de trabalho que um touro de monta natural "não se importa em fazer". Outras razões, especificamente de ordem genética, justificam o emprego da IA em rebanho de maior tamanho.

A Embrapa, em colaboração com a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), elaborou uma planilha para gado de leite em que o próprio produtor pode avaliar o custo da obtenção de uma fêmea por monta natural (MN) ou IA (Martinez et al., 2004). O aplicativo encontra-se dividido em planilhas destinadas à estimativa dos custos da IA e MN. Nas planilhas são apresentadas três possibilidades ou alternativas de simulação, permitindo a introdução de dados em diferentes cenários (número de fêmeas, a relação reprodutor/fêmea, a taxa de concepção e a relação doses de sêmen/concepção, etc.). Embora os custos operacionais da IA, em alguns casos sejam superiores à MN, o resultado final será sempre favorável à IA, devido ao ganho genético incorporado ao rebanho. Na situação em que se utiliza o touro provado, via IA, metade de seu valor genético é transmitido para suas filhas, o que aumenta o potencial genético delas, e conseqüentemente, se adequadamente alimentadas, elas produzirão mais do que as filhas de um touro de monta natural. A análise de um rebanho com 100 fêmeas em reprodução, indica ganhos que variam de R$560,00 a R$950,00 dependendo da taxa de concepção, três lactações e uso de touros com PTA variando 500 a 1500 kg de leite. No caso da MN, o reprodutor usado é considerado como tendo valor genético igual a zero.

Da mesma forma, as filhas de um touro provado podem, quando descartadas de seu rebanho de origem, ser ainda utilizadas em outros rebanhos, como vacas de produção, e não irem diretamente para o frigorífico. Isto gera também um diferencial em relação às filhas dos touros de monta natural que não tem provas de seu mérito genético. Espera-se que, quanto maior for o mérito genético (PTA) de um touro, maior será também a valorização de suas filhas.

Em gado de corte, Amaral et al (2003) realizaram igualmente uma simulação dos custos da IA e MN utilizando 550 fêmeas em reprodução. Os autores estimaram uma taxa de prenhez de 80% para os dois sistemas. O preço do touro no Sistema 1 (MN) foi de R$4.000,00 e partiu-se do pressuposto (pouco provável) que esse touro possuía avaliação genética e teria diferençaesperada da progênie (DEP) positiva para peso ao abate. O valor do sêmen utilizado no Sistema 2 (IA) foi de R$10,00 e também seria proveniente de um touro com avaliação genética , de forma que o peso ao abate seria semelhante para os dois sistemas. O resumo dessa analise é mostrado no Quadro 1.

Quadro 1. Cálculo do custo de IA e da monata natural para gado de corte (Amaral et al., 2004)

Embora tenha sido obtida uma renda bruta (receita menos gastos operacionais) de aproximadamente 5% maior com a MN, os autores concluíram que a IA é a forma mais viável de aceleração do melhoramento genético do rebanho (e conseqüente lucro real), uma vez que touros de alto valor genético (positivo para ganho de peso) geralmente não estão disponíveis para o uso em MN.

Outras vantagens de uso da IA.

Além das vantagens acima mencionadas, a ASBIA relaciona outras situações em que pode ser conveniente (e rentável) o uso da IA.

1 Possibilitar o cruzamento entre raças;

2 Prevenir acidentes, que podem ocorrer com vacas e principalmente com novilhas quando o touro é muito pesado;

3 Prevenir acidentes com funcionários, familiares ou visitantes da propriedade, devido ao comportamento agressivo de alguns touros;

4 Usar de touros com problemas adquiridos e impossibilitados de efetuarem a monta ou após sua morte;

5 Reduzir a dificuldade dos partos, pelo uso de touros que comprovadamente produzem filhos de pequeno porte ao nascimento

6 Aumentar o número de descendentes de um reprodutor;

7 Padronizar o rebanho, facilitando a comercialização dos lotes;

8 Melhorar o controle zootécnico do rebanho.

Este último aspecto constitui uma prática de singular importância, pois a anotação correta dos dados possibilita fazer uma avaliação rigorosa do desempenho reprodutivo decorrente do programa de IA e permite fazer mudanças direcionadas a alcançar as metas de desempenho previamente estabelecidas (Tabela 1).

Tabela 1. Parâmetros de referência para avaliar a eficiência de um programa de IA.

MétodoMédiaMeta
Não Retorno (%)65-70>75
Serviços/Concepção1,8-2,2<1,5
Intervalo entre partos (meses)13,5-21<13
Dias parto/prenhez120<100
Abortos/ano (%)5-10<5
Idade ao primeiro parto (meses)26-40<26
Período seco (dias)40-6055 (média)
Parto/primeiro serviço (dias)9060 (média)

Inconvenientes do uso da IA

Embora sejam poucos os inconvenientes do uso da IA, muitas vezes a desconsideração desses aspectos pode inviabilizar a implementação de um programa de IA na propriedade.

1 Necessidade de identificar os animais em cio (deve existir uma boa vigilância para detecção do cio).

2 Treinamento para realizar a inseminação.

3 Da mesma forma que a IA promove o melhoramento genético e controle sanitário dos rebanhos, existem o risco (insignificante quando o sêmen é adquirido de centrais registradas) da técnica ser uma poderosa ferramenta para disseminar na população touros de expressão genética negativa ou mesmo doenças reprodutivas.

4 Dificuldade para manter o sêmen armazenado (disponibilidade de N2 líquido).

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terça-feira, 6 de abril de 2010

Controle de doenças genéticas

Controle de doenças genéticas e adquiridas

Algumas vezes, questiona-se o balanço da IA mencionando os riscos inerentes à difusão massiva dos genes de um pequeno número de reprodutores altamente reputados. Com efeito, a demanda por sêmen chega a ser de aproximadamente 300.000 a 500.000 doses, caso dos 20 melhores touros do mundo da raça Holandesa. Conseqüentemente, qualquer erro na escolha toma rapidamente enormes proporções. Tome-se, como exemplo, o caso do BLAD (Bovine Leucocyte Adhesion Deficiency). Trata-se de uma anomalia genética monofatorial recessiva que induz uma imunodeficiência letal. Ela foi disseminada durante vinte anos a partir de um touro (Osborndale Ivanhoe) nascido nos EUA. Contudo, o problema foi controlado (estima-se que até 2010 essa anomalia estará completamente eliminada dos rebanhos) graças aos testes de DNA aos quais os touros são submetidos antes de entrar nos programas de seleção. Dessa forma, a progressão de eventuais anomalias genéticas pode ser detida até sua total eliminação graças à disponibilidade dessas ferramentas.

A possibilidade de transmissão de outras doenças através da IA é drasticamente reduzida, pois todos os machos destinados à coleta de sêmen são objeto de numerosos e sofisticados testes, fora do alcance do criador comum. A Instrução Normativa SDA (Secretaria da Defesa Agropecuária) Nº 48 de 17 de Junho de 2003 estabelece que "somente poderá ser distribuído no Brasil o sêmen bovino ou bubalino coletado em Centros de Colheita e Processamento de Sêmen, registrados no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, que cumprem os requisitos sanitários mínimos para a produção e comercialização de sêmen bovino e bubalino no país". Antes de ingressarem na central de coleta de sêmen, os reprodutores são submetidos a um período de quarentena, durante a qual são realizados exames sanitários das principais doenças (brucelose,tuberculose, tricomonose, compilobacteriose, leptospirose, diarréia viral bovina) que podem comprometer a reprodução ou a saúde humana. Adicionalmente, exames bacteriológicos e virológicos são realizados no sêmen antes da sua comercialização. Conseqüentemente, diferentemente da monta natural, o uso da IA reduz consideravelmente o risco de transmissão de doenças reprodutivas nos rebanhos.

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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Alimente bem o seu cachorro

1 – Escolher a gama da ração


As rações de melhor qualidade têm geralmente uma maior digestibilidade, ou seja, há um maior aproveitamento por parte do cão. Nas rações de qualidade inferior, o cão tem de comer mais para poder obter os mesmos benefícios. As rações de gama alta são geralmente mais caras, mas acabam por durar durante mais tempo, isto porque o cão necessita de doses diárias mais pequenas.


2 – Determinar o número de refeições diárias


Um cachorro necessita de ser alimentado três vezes ao dia. Isto porque o cão passa de uma situação em que tinha acesso ao leite materno a qualquer altura, para uma situação de comida controlada por refeição.

A partir dos 4 meses, pode-se reduzir para duas refeições diárias e já em adultos, podem comer apenas uma vez por dia. É preciso contudo algum cuidado nas raças de porte médio/grande nas quais a torção de estômago é comum. Os cães destas raças devem comer duas vezes por dia, se possível, para que o peso da comida do estômago seja menor e diminuir assim o perigo de haver uma torção do estômago.

3 – Evitar os restos de comida


Os restos de comida não devem ser dados ao cão. A ração tem tudo o que o cão necessita. Se preferir, pode cozinhar para o cão, mas isto não é o mesmo que alimentá-lo à base de restos. A comida do cão deve ser cozida sem sal ou temperos. Informe-se primeiro sobre este tipo de dieta, sabendo quais as carnes e ossos mais adequados para o cão e quais as percentagens indicadas.

4 – Escolher recipientes adequados


Os recipientes para água e comida devem ser, de preferência, em inox. Os de cerâmica também são boa opções, já os plásticos devem ser evitados, porque a limpeza é difícil se o cão arranhar a tigela, o que é comum.

Os comedouros devem ser colocados de forma a que o cão não tenha de se baixar para comer, isto é, a linha que o cão faz desde a nuca até à cauda deve ser o mais horizontal possível. Para as raças de porte médio/grande é indispensável comedouros reguláveis, que permitam subir a altura dos pratos conforme o crescimento do cão. Para as raças pequenas que comem ao nível do chão, deve-se ter o cuidado de ter recipientes que não derrapem. Isto pode ser conseguido com um rebordo de borracha à volta do inox.

5 – Determinar a quantidade adequada


Determinar a quantidade de ração a dar ao seu cão pode não ser tarefa fácil. Em jogo estão vários factores tão diversificados como a idade, o peso, a quantidade de exercício, etc. As embalagens das rações são acompanhadas por uma tabela com a quantidade diária recomendada. Mas os gramas apresentados são apenas indicativos.

O criador ou os responsáveis pelo canil podem-lhe dizer qual a quantidade de comida que o cão está habituado a comer. Contudo, conforme o cão cresce, as suas necessidades alimentares alteram-se. Para saber quando aumentar a dose de ração e os gramas indicados para o peso do animal pode consultar as tabelas que se encontram nas embalagens da própria ração. Mas regra geral, as tabelas não respondem à realidade, pois são sempre médias aproximadas, mas apesar disso são um bom ponto de partida.

Discuta a quantidade de ração a dar ao cão com o veterinário e avalie a evolução do animal. Se o cão ganhar ou perder peso, faça os ajustes necessários.

6 – Escolher a ração de acordo idade


Os cachorros em crescimento necessitam da melhor alimentação que lhes puder dar. Isto quer dizer que até o cão fazer pelo menos um ano, o dono deve fazer um esforço financeiro para comprar uma ração de gama alta. Existem várias opções no mercado especialmente pensadas para cachorros. Uma alimentação equilibrada com tudo o que os cães necessitam vai permitir um crescimento saudável. Este aspecto é particularmente importante nos cães de médio e grande porte que têm no primeiro ano um crescimento muito acelerado e necessitam de formar ossos grandes e fortes em pouco tempo.

Na terceira idade, os cães estão menos activos e o metabolismo é mais lento. Por isso pode ser necessário optar por uma ração indicada para cães idosos ou então diminuir a quantidade actual.

7 – Escolher a ração de acordo com o porte do animal


Sem surpresa, a quantidade de comida varia conforme o porte do animal: cães pequenos comem menos do que animais grandes. Esta noção é importante quando se calculam as despesas mensais com um cão. Se a disponibilidade financeira não é muita, o ideal é adquirir um cão pequeno. É preferível alimentar um cão pequeno com uma ração de gama alta do que adquirir um cão de grande porte e ter depois de cortar na ração do animal, sabendo já quão importante é uma boa ração no período de crescimento do cão.

Mas a quantidade não é a única diferença. Deve escolher a ração de acordo com o porte do cão. No caso dos cachorros, a ração deve dizer respeito ao porte que vão ter em adultos. Já existem várias marcas no mercado com opções diferentes para cães de porte pequeno, médio e grande.

8 – Escolher a ração de acordo com o grau de actividade


O exercício que um cão faz altera as quantidade e o tipo de alimentação que deve ter. Cães que são mais exercitados ou praticam desportos caninos precisam de mais energia, enquanto que nos animais mais caseiros deve-se ter cuidado com o peso a mais.

Um cão que pratica desporto pode até precisar de rações de alto rendimento.

9 – A influência da temperatura


A quantidade de comida dada ao cão pode ter de variar ao longo do ano. Nos meses mais frios, os cães podem necessitar de comer mais para conseguirem manter a temperatura corporal. Os cães mantidos no exterior precisam quase sempre de ver a dose de ração aumentada. Nos cães de interior, paralelamente à diminuição de temperatura, há também uma diminuição da actividade física. Ou seja, a energia que não está a ser gasta em exercício passa a ser gasta na manutenção da temperatura corporal. Para além disso, os cães de interior geralmente estão resguardados das temperaturas mais baixas, através do aquecimento da casa, por exemplo, o que faz com nestes casos possa ter de tomar a atitude inversa e reduzir na ração.

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